Nau Frágil

Filho do trovão que sucede o relâmpago

e antecede a tempestade.

Albatroz que voa sem respeitar limites e

enfrenta o mar algoz.

Grande navegante que rompe a barreira

dos confins dos sete mares.

Não és Aquiles e não tão perto chega a ser Páris,

bravo e vil colosso, ostenta teu machado na mão direita.

Os inimigos aos seus pés deita enquanto o som do réquiem

rompe os estampidos dos canhões na proa.

Batalha de dois deuses onde quem morre é servo

mas na memória deste me conservo.

Oração pagã para almas atormentadas e ao mundo

imaginário acorrentadas.

Fibra livre que quebra-se e presa preserva-se e nos

estilhaços da madeira de lei ganhei olho de ciclope.

Força arrematadora de mil almas atormentadas que

frente a esta força não passa de bloco de areia sendo molhada.

Bezerra Neto
Enviado por Bezerra Neto em 02/10/2012
Código do texto: T3912269
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