Em cinzas

Em Cinzas

O Salão está vazio, a música desouve-se na memória, inglória

Serpentinas perdidas pelos cantos, recantos

Casais dormitando nas cadeiras duras, impuras.

Portas esquecidas que ao longe bate, rebate.

Fantasias ao vento perdidas, fedidas,

Atores sem máscaras, sem caras

Sonhos que se desfazem, refazem

Vidas aos poucos sentidas, vendidas.

É fim de festa, nem presta

Findou do Carnaval, festival

As luzes se afagam, se apagam,

Acabou o amor, que horror.

Terça-feira, quarta-feira de cinzas

Cinzas do que se veio e se foi

Foi o amor sonhado, desejado

Ficou as cinzas da paixão, desilusão

Elisabeth Lorena Alves
Enviado por Elisabeth Lorena Alves em 03/02/2013
Código do texto: T4121661
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