A JANELA

Vejo a vida por uma janela,

sem tela nem tramela.

vejo tudo através dela.

de manhã, levanto e saio.

na caminhada da vida,

se tropeço e caio,

levanto e continuo a lida.

Não me dou por vencido.

A vida sem ela

é uma chorumela.

encolhe, escorre, esgoela.

Uma Nau sem vela.

esquecimento, desencanto.

descoberto sem seu manto,

sinto o vazio, triste choro.

Ao longe procuro seu consolo.

quando tudo nela

são flores belas,

há vida sem espanto,

ouço seu lindo canto.

um amor!

um bem!

um amigo!

uma boa lembrança!

Eis minha grande esperança!

Florianópolis, 04/03/2013