TANTO FAZ

Ah! E meu tanto faz que

jamais me trouxera paz.

Senão eu quem mais resolveria

a falta do sorriso, chegada da apatia?

Assento-me diante à sombra do salgueiro,

que me recita às estações do ano inteiro:

Sua indiferença

não traz tua cura,

vira loucura

que alimenta doença.

E se porventura nego o que não sabia que era,

o receituário simplório que o paciente espera

por saber que o remédio não será a embriaguez

e sim qualquer agir perante a solidez.

Se ainda me for capaz pronunciar o tanto faz,

Que a mente na penumbra desperte o que desfaz

o existir da falha e burra teimosia,

que esconde o itinerário do andar de minha alegria.

Juliana Pereira
Enviado por Juliana Pereira em 01/08/2013
Código do texto: T4414658
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