Asperezas
Na arquibancada da vida
Muitos desejos comparecem
Alguns pensamentos se movem
E poucas virtudes se observam
Olhares de perturbação ferem
Gritos surdos se manifestam
Tolerância e compaixão esmorecem
E mãos pesadas se projetam
Na arquibancada da vida
As muitas palavras não mais existem
Deixaram de ter seu sentido
Porque esgotaram a sua paciência
E asperezas constantes se esboçam
Como em uma vitrine de loucos.
SÃO PAULO, 6 DE JANEIRO DE 2013.
MARCELA DE BAUMONT