Amazonas 

Onda verde nestes versos
Entretanto canto o inverso
Do brado que clama a terra
Selvagem mata amazonas.
 
Rios cascatas e florestas
Cheias de mistos mistérios
Entre cobras onças pintadas
Gatos pardos e bicharada.
 
Índios na selva de terra
Canta chora morte errada
A chuva e trovoada berra
Num canto da cobra criada.
 
Lá dentro é mata fechada
Quem entrar prepare a goela
No medo e na galopada
Pois esta sujeito a queda.
 
Amazonas é mata fachada!
Desconheço Brasil sentinela
Meu Brasil não mostra nada
Do que tens na aquarela.
 
Rico de minérios mistos
Escondidos entre pedras
Flora que cura mestiços
 Exploram e te sequestra.
 
Amazonas selva imensa
Se correr o bicho pega
Se explorar se esparrela
Só gringo é que come dela.
 
Exploradores em guerra
Usurpam o pão da terra
Nos troncos e barrancos
Roubo e morte entretela
 
Pulmão do mundo pureza
Escondendo teus machados
Queimadas mortes caçadas
Num futuro de incertezas.
 
Amazonas Brasil floresta.
Será que esperança resta?