Tecendo o texto da vida

O autor segura um fio,

E o passa para o papel tecendo

Um sentimento próprio.

O tecelão da vida, artista sem fim,

É capaz de transformar fios em

Pedaços da auréola de um querubim,

Pois a arte é a imagem da alma ardente,

Em cada instante que passa

E se eterniza no presente,

Pelo fato de o momento

Ser tecido num texto

Pelo autor que trefila seu peito.

Sentimentos são inevitáveis na criação,

Pois ninguém tece um tecido

Sem uma profunda paixão.

Dessa forma, o Tecelão Criador

Se mostra sempre presente

Através do poético furor

E transmite vida ao ser que exalta

A poesia em cada gesto, e, ao escrever,

Alcança a liberdade imediata.

*Poema classificado para integrar a antologia do Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio Poesia Livre 2014.

Ronaldo Junior
Enviado por Ronaldo Junior em 20/03/2014
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