PORQUE ESCREVO



Por não gostar de conversar,  passo as minhas horas livres,
entre um momento e outro, fazendo o que eu gosto,
que seja um momento alegre  ou triste, eu escrevo...

Escrevo como quem vai ali na esquina,
sem pressa de voltar,  vou olhar o tempo, vou sentir o vento,
soltar os meus pensamentos, escrevo porque gosto...

Fico tranquila, escondendo alguns outros sentimentos.
Quando é noite, me misturo com as estrelas, carregando comigo
as letras e os meus pensamentos que entre si se abraçam,
abraçam a minha alma cheia, sempre cheia.

E os meus devaneios me contam velhas estórias, sopram o amor,
ah meus devaneios, que me levam à lugares onde eu quero estar,
escrevo livremente tal como vivo, choro e brinco com a tristeza,
sem me importar com o quê...

Assim foi que encontrei um jeito de beijar a lua, ser eu mesma,
e de amar só por amar sem limites,
adormeço e amanheço sempre à sonhar com tudo, com um nada, 
que tanto bem me faz.

Escrever... É feito uma longa estrada com seus riscos,
seus rios, suas curvas, encantos, mistérios.
Quanto mais viajamos, mais nos empolgamos,
no percurso vez por outra, recuamos, nos perdemos por dentro,
depois nos reencontramos.

Não precisa me criticar, ou elogiar, não precisa me seguir,
nem comigo concordar, basta que me deixe ir, por onde eu quiser,
posso parar para sonhar,
posso apenas me sentar na estrada sozinha e calada ficar,
não importa o que eu faça ou deixe de fazer…

Apenas tão somente, deixe-me ser,
deixe-me ser, não me detenha,
as suas palavras ásperas contenha,
faça de sua vida o que quiser, mas, esqueça-me,
e deixe-me ser.




 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 16/04/2014
Reeditado em 15/03/2019
Código do texto: T4771402
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