Vida.
Vida.
Não sei se vivo a vida,
ou se é ela que vive em mim,
sendo apenas minha grande amiga,
ou quem sabe outrora,
minha própria inimiga.
Sou instrumento de seus desejos,
que sendo ela moleca, e sorrateira,
algumas vezes se faz de zombeteira.
Acordo em minutos e vejo,
que também tenho desejos.
Porém a vida corriqueira,
mim leva em seus braços,
deixando meu ser no caminho
de seus entre laços.
Mostrando ser ela,
não só aquela companheira,
mas sim...
Dona de minha reles alma,
sendo a senhora verdadeira,
de minha vida estradeira,
neste mundo abstrato,
de nossos próprios atos.
Vida bem vivida,
ou apenas construída.
Ela tem os seus encantos,
impõe medo aos profanos.
Mas é ela grande amiga,
e sabe à hora até de nossa partida.
Penso em sonhos hilariantes,
e vejo a vida erguida,
na base de minha história,
que deixo na minha memória.
Penso e reflito firme,
Sou eu que vivo a vida,
ou a vida que vive em mim.
Assim levo o meu viver,
até o fim do meu ser.
Leandro Campos Alves.
Poema do Antologia Além do Olhar.
Editora Celeiro de Escritores.
Leia mais: http://www.escritor-leandro-campos-alves.com