Minha Vida Frouxa
Só ruídos almejam o silêncio
Acertam muros
Despejam saudades
Ditam a norma
E eu em suaves prestações
pago o karma infeliz...
Sons incautos de socorro
São emudecidos
Permanecem templários
E me deixam surda
Impagável vilania
mas sou o destino...
Castos solados aos pés
Evitam passos vãos
Me tornam pedestre
Calçadas descalças
E gemidos na alma
naquilo que transitarei
Revelo esta voz encilhada...
Incapaz de saudades!
Mal amada indigestão!
Temida pelo serenar...
Sou a sonoridade pia
e alguém na multidão!
Outros sons machucarão
E sei revelar sorriso, né?
Numerosas tramas...
Tresloucados risos...
E terei feridas santas
no meu templo vazio!
Músicas enfartadas más
Vieram de orquestras
Desencantadas musas
Enviaram na melodia
Muitos mais embalos
e serei transformada!
De minha parte silencio
Uma musa importuna
A diva calada sempre
Uma fada já reclusa
Adestrada sonoridade
ou sinfonia reclusa...
Os amores ouvidos maus
Vieram fragmentados
E doíam enluarados
Em vestes embutidas
Todos a me olharem
a mutável concubina!