Minha Vida Frouxa

Só ruídos almejam o silêncio

Acertam muros

Despejam saudades

Ditam a norma

E eu em suaves prestações

pago o karma infeliz...

Sons incautos de socorro

São emudecidos

Permanecem templários

E me deixam surda

Impagável vilania

mas sou o destino...

Castos solados aos pés

Evitam passos vãos

Me tornam pedestre

Calçadas descalças

E gemidos na alma

naquilo que transitarei

Revelo esta voz encilhada...

Incapaz de saudades!

Mal amada indigestão!

Temida pelo serenar...

Sou a sonoridade pia

e alguém na multidão!

Outros sons machucarão

E sei revelar sorriso, né?

Numerosas tramas...

Tresloucados risos...

E terei feridas santas

no meu templo vazio!

Músicas enfartadas más

Vieram de orquestras

Desencantadas musas

Enviaram na melodia

Muitos mais embalos

e serei transformada!

De minha parte silencio

Uma musa importuna

A diva calada sempre

Uma fada já reclusa

Adestrada sonoridade

ou sinfonia reclusa...

Os amores ouvidos maus

Vieram fragmentados

E doíam enluarados

Em vestes embutidas

Todos a me olharem

a mutável concubina!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 30/07/2014
Reeditado em 30/07/2014
Código do texto: T4902070
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