Matilha

Ao pai da solidão eu dedico esses versos

A você que na escuridão das noites e solidão dos dias me conduz em Seus braços fraternos

Ao deus negro com sua mascara revestida de dor e medo

Rezemos...

"E nas madrugadas abandonadas cheias de um sentimento fugaz

Nas madrugadas torpes e entorpecidas de um brilho malévolo

Nas noites chuvosas embaladas pelo rugido dos trovões

No veneno nocivo de meus pensamentos e palavras

É lá, no fundo, que eu te vejo..."

Pai da angustia, do horror

Nas sombras negras nas paredes de um local qualquer

Eu te procuro,

E a cada segundo eu te vejo mais próximo, me embalando

Me acariciando,

Aos nobres senhores do frio dedicas seu legado

Aqueles que mesmo deixados de lado seguem seu cantar

Aqueles nascidos do inverno espectral de seu nome

Abandonados nesse mundo caótico que tentamos chamar de lar

Seu enredo musical entoado em antigas eras ainda ressoa em meus ouvidos

No buraco que chamam de coração eu sinto seu toque

E no abissal mundo em que vivo prisioneiro,

Tu, apenas tu consegues me ver...

Neste quarto escuro onde o sol não toca eu espero por ti

Sat
Enviado por Sat em 30/07/2014
Código do texto: T4902729
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