É MESMO ASSIM.

É mesmo assim,

Que o impoluto,

E impassível tempo,

Sem medo,

E sem segredo,

Faz-nos entender,

Que cada história,

Crava-se na memoria,

De quem a viveu!

E nessa batida,

Consome-se a vida,

E sem perceber,

Sem nosso querer,

A vista escurece,

A voz emudece,

Cala-se o palrador,

Tremem as mãos,

Cadencia o coração,

Nesse compasso,

Fraqueja-se os passos,

Tombam moedores,

Fulgidos coloreies,

São a nós estranho,

Ai se vai os sonhos,

Vistas mareadas,

O brado é voz cansada!

Co’ o gastar dos anos,

Sessa o que foram,

Sonhados planos,

Assim envelhecemos,

E pouco a pouco,

Definhamos,

Vem o que se receia,

A morte enfim rodeia,

Ai o forte treme,

E o fraco chora,

E tudo se vai,

Tempo a fora,

E tudo vira,

Esquecimento!

Cosme B Araujo.

30/07/2014.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 30/07/2014
Reeditado em 30/07/2014
Código do texto: T4903083
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