Aprisionado

Acorda, sem abrir os olhos e sorri,

Ainda iludido pelos sonhos da noite passada,

Pelos produtos de uma mente que não ficou por ali,

Embora naquele corpo aprisionada.

A luz que entra pela janela devasta,

Invalida todas as suas fantasias, devaneios…

Apenas sonhos desta mente vasta

Que pertence a um homem sem recreios.

Mas não apaga a chama que se instiga

Com cada obstáculo que se lhe apresenta.

Nem pode calar a voz desta cantiga

Sobre quem esta mente representa.

Fechas as cortinas por um breve momento,

Como quem se despede sem dizer “Adeus”

Da liberdade de estar isento

Desta realidade se impondo a sonhos seus.

Vive o restante dia a sonhar

Com o local que apenas ele conhece,

Onde apenas ele pode criar

E a frustrante realidade se esvanece…..

Filipe Duarte
Enviado por Filipe Duarte em 31/07/2014
Reeditado em 17/08/2014
Código do texto: T4903949
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