A bolha do tempo

Numa bolha invisível

Posta a flutuar

Sobre as civilizações perdidas

Sempre a navegar

Elos entre os mitos e os místicos

Unem-se ao que não foi escrito

Elucidando os mistérios

Que há muito que inquieta

Pelas TVs holográficas de então

Num espaço aberto há a reconstituição

Projetadas, consistentes

Em terceira dimensão

Surpresas de modos de vida

Inusitadas soluções,

Problemas e contradições

Bolha ao vivo via cabo do tempo

E nas transmissões

Personagens sem interação

E sem explicação dos atos

Num show viajando pelo tempo e espaço

Confirmam as suspeitas

De que não era bem o que se achava

Mas o muito que faltava

Não haveria tempo pra se olhar

Esse lado transcorria em paralelo

Porque tudo ao vivo também era

Eras que se ligam num ponto inalcançável

A bolha iria estourar

Túnel ao infinito

Buraco negro

De minhoca

Mundos paralelos há

E nas fantasias ampliadas

Nas conjecturas apoiadas em mal explicadas explicações

Vence a tecnologia

Mas deixa o homem em sua bolha

...e parte só.