Beleza dura

A Dita, outrora dura

Continua sendo dita

Às vazes mal dita, outras bem;

Porém, nunca mais tão dura

Beleza pura, puramente dita.

E muito bem. Obrigado.

Quando a dita era dura,

Para se reinventar o ciclo da vida

Proeza era criança viva

Morte era coisa banal, carnaval;

Fome era bem natural

Agora que a dita é mole

Grita bem alto as línguas de fole!

Não! Não! Não! Não é mole!

Afasta de mim esse cabra!

Cabra da peste, cabeça de girimum!

Que ganha o meu tão suado...

Pra matar sua fome canina!

Sanha suada e nordestina!

Mas o cabra não é mais da peste

É gente honrada, é nordeste

Estado em estado febril,

Foi curado, alimentado

E aceito como Brasil!!!!

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 20/10/2014
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