LEMBRANÇAS

(Sócrates Di Lima)

....E quando caiu a noite,

Olhei o céu da minha alma,

Estrelas cintilavam,

A Lua me prateava,

E eu senti saudade,

nas lembranças de quem me buscava.

...E ai, segui meus pensamentos,

Na longa estrada da minha querência,

Já não via naquela estrada,

As flores que perfumavam minha inocência.

...E os ventos que dantes sopravam,

E traziam fragrâncias de jasmim,

e com elas borboletas coloridas,

Para adornar-me e enfeitar meus jardins.

...E na esperança que se deixou morrer,

Nas asas dos amores que voaram,

Pude ao certo perceber,

Que para amar é preciso muito viver...

...E se eu vivo um amor em mim,

Carregado de sonhos e saudades,

O minuto anterior já é passado no passo à frente,

Carregando comigo os sonhos d'agora.

... E se caminho nos braços de uma morena,

Que oferece-me um mundo de amor sem fim,

Minh'alma se agiganta e o amor entra em cena,

Faz-me preso ao coração dela que vive em mim.

....E se ela segura minha mão,

Como quem segura seu bem mais precioso,

Bendigo-me sem ansiedade e com toda emoção,

O amor dela em mim se faz vitorioso.

....E, se é o último, eu não sei,

Mas, quero que o seja assim,

Meu último amor eu assim pensei,

E não o recriei, porque se perdeu de mim.

'....E se eu me entrego a um novo amor,

O faço como quem faz o beija-flor,

que vive na sua mais perfeita sintonia,

Entre a natureza e o seu jeito em maestria.

.....E, como eu quero este amor real,

que hoje mora aqui dentro de mim,

Lembranças ficam no ponto final,

Do passado morto, enfim.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 22/10/2014
Reeditado em 22/10/2014
Código do texto: T5008056
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