A brisa
Olhando aquela imagem
senti, de longe, o cheiro daquela doce brisa
tão pura, tão necessária àquele momento
Uma brisa errante
dissipada por tantos caminhos tortos
e cheio de belas pétalas
também de espinhos carinhosos e torturantes
Mesmo com o passar do tempo
essa brisa insiste em não morrer
nem envelhecer
parece uma menina brincando ao meu redor
Quão estranha é a sensação de assim senti-la
mas faz nascer sensações tão boas
traz leveza e calmaria
um perfume tão essencial ao perdão
ao renascimento da bondade que anda tão perdida
É uma brisa bem colorida
e impossível de ser plenamente descrita
um sopro dentro do vazio
que arranca as raízes da solidão
todos os sentimentos de ingratidão
Somente uma brisa assim
pra voar tão longe
pra fazer de mim um eterno bobo
e dizer que o velho tempo é ainda o mais novo