A Dama da Poesia de Rubi

Sobre o candelabro ouro velho, a vela acesa espalhava pelo cômodo da casa a essência perfumada,

O vento que soprava entrava pela fresta da janela, declarando calmaria daquela noite.

Eis que passos apressados ouvem-se, batidas na janela acordando quem dorme,

os cabelos bagunçados são presos na altura da nuca

e sonolenta ela segue até a porta...

Ao abrir depara-se com uma dama com vestido em tom carmim,

seus olhos brilhavam feito rubis...

Estendeu um pergaminho na mão e uma caneta de mil tons,

Dizendo: - Mocinha escreva,

sou a poesia, vim te visitar, escreva do amor que vou lhe ditar,

fale também sobre os mistérios celestes e junto a eles escreva uma prece;

seja breve, se apresse querida, pois vou visitar poetas e poetisas...

E saindo depressa em um redemoinho aquela mulher seguiu seus mil destinos,

foi ao encontro dos que em dias e noite escrevem no pergaminho com inspiração...

Dama encantada de vestido carmim, poesia infinita vestida de cetim;

palavras infinitas olhos de rubis.