Espera...
... que o tempo é verde ainda,
que o chão é movediço,
(o céu, o meu feitiço)
que a história não é finda...
O não fazer-te cortesia
jamais fora querer-te mal,
é um querer e não poder,
é sina, meu sinal.
Se em minhas mãos e a postos eu te encontro
é porque sabes da torrente,
do enfadonho vendaval...
Não se desdenha do amor como pensas
estou a desdenhar
- embora te encantes, por isto,
mais ainda! -.
Os cânticos, divinos solos,
que vibraram em teus ouvidos
de nada dizem do meu querer amar?
Não ores a Deus, nas alturas,
que é Dele o Tempo que nos impõe certeiro!
Espera...
que o tempo é verde ainda,
que rirás ainda do teu cativeiro...