Onde está você, John Titor?

Onde está você, John Titor?

A Fulcanelli, John Rick Haber e Hugh Everett

“No futuro ou no passado, não sei dizer ao certo” – H.G. Wells, A Máquina do Tempo.

“Deus não deve teologizar” – J.L. Borges

“Eis o capacitor de fluxo!” – Dr. Brown.

Os padres podres e os pobres pobros permeiam os prismas,

O futuro é tão incerto quanto certo, e a certeza de nossas cismas...

Busco o lusco-fusco cerebral num risco da folha branca,

Folheio páginas em mil livros tentando entender a luz invisível,

Rasgo tratados físicos, mecânicos, químicos, de teorias cínicas ou francas,

E o mundo sensível das figuras ocultas passa entre meus olhos

E o que escolho a cada verso é uma incógnita instantânea

Que se resolve como um tiro de revólver na miscelânea

De imagens fugidias de futuros possíveis em vários níveis

De consciências inconscientes da ciência das ocorrências...

Onde está você, John Titor?

A 3.ª Guerra Mundial é inevitável?

O WTC é só uma foto na parede...

Mas como dói...

Por que não podes sozinho dinamitar a ilha de Manhattan?

Onde está você, John Titor?

Mike Lynch procurou por você em todo lugar...

O IBM 5100 chora copiosamente pelo Hall 9000, salve-o!

Seu senóide Tipler com relógios de césio é frustrante...

Onde está você, John Titor?

Tenho tantas coisas para fazer no futuro,

Tenho uma obra imensa para começar,

Mas não tenho dinheiro,

Me diz o resultado da Mega Millions!...

O futuro é daqui um pouco,

Não consigo alcançá-lo

Sem deixar o presente

E já não me sou

E o tempo não é este

Sou um velho tipo louco

Querendo o tempo abraçá-lo

Mas o tempo é ausente

E fico aqui e não vou

E o templo que nos prometeste?

O espaço escasso de que não faço um traço certo...

Me seduz a imaginação, e reluz um raio breve,

Mas tão fugidio, no vazio, que me pego em desvario,

Quem se atreve a iniciar uma greve ao tempo?

A matéria, esse mistério da existência, miséria

Última das dimensões... Energia concentrada do Nada,

E na esplanada oriunda dos sentidos inunda meus dias vividos...

Resta-me o que passou, penitência de minhas angústias soçobradas!