Outra e Nada

Debruçada sobre

as águas de vidro,

vejo-me turva

Sou borrões não

decifrados em traços

Ilusionista, o corpo

Dentro do vazio constrói

a tua casa para desmoroná-la

sem alarde

Restam dezenas de mim,

mas nenhum pedaço

me veste com agrado

Não sou aquela de quem falas

Não vejo o que vês

Pluma sobre a água

ou pedra lançada

Que se faça esquecer

a memória de mim.

Mariana F
Enviado por Mariana F em 20/12/2014
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