Jardim das Delícias, II ( agora, poesia... )


Onde temeridade consente o desaparecimento dos demônios sem sexo
Inexiste o amor deliberado, rompante reduzido de um coração sofrido
E sois aqueles que andam num paraíso quase próximo a outro jardim
Aquele que é o campo de onde a felicidade garimpa seus machucados

Onde tiverdes o passo convicto e cansares a vista num horizonte mau
De onde divisamos as paixões que matam, se revelam os tons da vida
As coisas que arfamos ao peito, com suspiros, desejarão desaparecer
Os amores de antes estarão escalados a serem uns quadros pintados

Em suas mãos, estarei lhe oferecendo a outra, para juntos sem morte
Caminharemos ao portal deslumbrante onde um temor do homem vive
E serei teu anfitrião neste sonhar ambíguo numa estrada enfim jardim
Onde os pesadelos filtram-se no sorriso dos anjos caídos indesejados

Não é o inferno, não é o limbo, que conjuga consigo todo um Universo
De liberdade que tememos, narcisos com espinhos, sem leis costumes
Juntos num sentimento de vida redivivo ou remorsos dos mil amantes
Tudo que perdemos será a ilusão regida pela Esperança dos heróis...
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 25/01/2015
Reeditado em 26/01/2015
Código do texto: T5114169
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