Aos filhos do tempo

Sobras de vida ao vento

Vão e vem nas estações

Sede tem o tempo e seus filhos

No passado e futuras gerações

Comem suas palavras

Bebem seus desejos sujos

Enlouquecidos homens de guerra

Vidas e vidas e almas escravas

Suas sementes não florescem

Adoecem, promessas em vão

feitos espinhos nas estradas

E só com choro pedem perdão

Mas aos filhos do tempo

Que comem sobras e tem sede

Entram pela porta direita

Entoando uma melodia perfeita

Ed Bento
Enviado por Ed Bento em 06/03/2015
Reeditado em 02/04/2020
Código do texto: T5160252
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.