Beber

Beber aos mortos

Um gole

Ingerir lentamente o antidoto que me faça vibrar

E suponha suportar

Beber

Beber na afronta do olhar distante

Ao sorriso que se retrai

Beber

A anomalia do ego em chamas

Infeliz verme que em nossas veias impregna e clama

Beber

Sozinha

Ou com alguma companhia

E o desfecho

Sabe lá, o amanhã

Não acordando ressacado

Dirá.

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 01/05/2015
Código do texto: T5227059
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