Cores

No mar aflito de azul,

Mergulho a fronte,

O horizonte em blue,

Inspiração que é fonte.

Trevas de um preto,

Que encerra na magia,

Da verdade eis o meio,

Liquefazendo harmonia.

Raízes de um marrom,

Aprofundando o solo,

Tudo é o mesmo tom,

Mistura de corpos.

Abre a gema do amarelo,

Nasce a vida que morre,

Desdobrando-se em feto,

Num ritmo que absorve.

Vermelho de sangue escorrido,

Magenta de pau-brasil,

Traços bem definidos,

Arte de colonizador perdido.

Matas fadadas ao verde,

Retorcendo as visões,

Numa fauna que tem sede,

Bebendo das emoções.

Esse branco que não é nada,

Luminosidade vazia de sentido,

Leitosamente espalhada,

Neblina de um olhar oprimido.

Mergulhe nesse arco-iris,

Emergindo no fluxo da ilusão,

Apagando como risca de giz,

Higienizado com água e sabão.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 02/08/2015
Código do texto: T5332348
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