PERTO DO AR

O meu silencio que metabolizava estrelas,

esferas celestes... no cume poético acessível

à conexão neuronal do sorriso. Vi nos territórios

invisíveis das massas de ar, em fluorescente e expansivo

sentimento. Percebi uma frase em letras cursivas

alternando luminosidade de néon. Essa frase

que soou como áurea doutrina em formato

sucinto e portátil para a mais aérea memória.

A compacta ideia garimpada no universo,

pepita essencial como a ternura universal,

dizia em palavras, mas com o timbre do violino

de Deus: Cada ser humano vive um tempo

em si mesmo....

Depois de ler, irradiei , reverenciei

toda apologia à indulgência, à compreensão...

A festa da consciência era celebrada com

veemência. Contudo nova ideia no

hálito oportuno de um auto-olhar

me sussurrou: Você não está no tempo

de aceitar plenamente o tempo

do outro...

Encerrei então, nesse dia, o expediente

do pensamento, e lembrei da

extensa estrada que espera meus pés

até esse lugar.

Rafael Gustavo Vieira
Enviado por Rafael Gustavo Vieira em 02/08/2015
Reeditado em 03/08/2015
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