PERTO DO AR
O meu silencio que metabolizava estrelas,
esferas celestes... no cume poético acessível
à conexão neuronal do sorriso. Vi nos territórios
invisíveis das massas de ar, em fluorescente e expansivo
sentimento. Percebi uma frase em letras cursivas
alternando luminosidade de néon. Essa frase
que soou como áurea doutrina em formato
sucinto e portátil para a mais aérea memória.
A compacta ideia garimpada no universo,
pepita essencial como a ternura universal,
dizia em palavras, mas com o timbre do violino
de Deus: Cada ser humano vive um tempo
em si mesmo....
Depois de ler, irradiei , reverenciei
toda apologia à indulgência, à compreensão...
A festa da consciência era celebrada com
veemência. Contudo nova ideia no
hálito oportuno de um auto-olhar
me sussurrou: Você não está no tempo
de aceitar plenamente o tempo
do outro...
Encerrei então, nesse dia, o expediente
do pensamento, e lembrei da
extensa estrada que espera meus pés
até esse lugar.