ARRASTÃO

Madrugada desenhando- se...

Sobram essas emoções entre lençóis sem nós...

Cumplicidade minha alma, caso eu dormir

embriagada em meia taça... Me arraste...

Se acaso eu sonhar, se ressonar, encha a taça...

E se talvez eu acordar, é certo, nada me constara

que o silencio desse arranjo

Amanhã não irei levantar

Suposto que não vou me suportar

Mais uma vez não sorver o gemido dos seus lábios

No embaraço dos meus cabelos...

Ahh! Porque deveria cambalear

Já que não me alegro a mais com bobagens?

Digo algo meloso a sofrença,

Relatos da penitencia que aguarde

Os agudos enquanto definho em agravo?

Nossas frases são curtas

não me assisto em seus olhos,

não aspiro do seu sorriso,

nem sacio em seu peito um afago

Ahh!

A deriva não ha Sol ou chuva

deixo a sangria da minha alma vazar...

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 17/11/2015
Reeditado em 17/11/2015
Código do texto: T5452086
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