Morenas da Avenida Hugo Simas
Morenas,
aqui chegastes sorrateiras!
Sem alarde,
abalastes as estruturas
desses pobres moços.
Tão lindas, faceiras,
nem compaixão tivestes
das criaturas...
Foram meses, foram anos,
foram tantos desenganos.
Paixões de doer na carne,
sonhos desejando encarne.
Partistes de repente,
sem dizer pra onde,
no gozo da vossa
santa liberdade.
Fostes com o sol
pondo-se no horizonte,
e nos fizestes
detentos da saudade.
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aqui chegastes sorrateiras!
Sem alarde,
abalastes as estruturas
desses pobres moços.
Tão lindas, faceiras,
nem compaixão tivestes
das criaturas...
Foram meses, foram anos,
foram tantos desenganos.
Paixões de doer na carne,
sonhos desejando encarne.
Partistes de repente,
sem dizer pra onde,
no gozo da vossa
santa liberdade.
Fostes com o sol
pondo-se no horizonte,
e nos fizestes
detentos da saudade.
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N. do A. – Na ilustração, Cinco Moças de Guaratinguetá de Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 1897-1976).