Gábio

No reflexo de hoje, uma cara

Cabelos brancos, olhar assustado

Rugas marcando a máscara

Do destempero instalado

A saudade sem firmeza

O sonho ainda sonhado

Num vazio de certeza

De um motim calado

Ficou o silêncio no lábio

Numa velocidade atroz

Se era para eu ser sábio

Calvo. Me perdi na foz...

(Paliando uso o meu gábio)

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

18/12/2015, 11'40" - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/12/2015
Reeditado em 31/10/2019
Código do texto: T5484125
Classificação de conteúdo: seguro