SESTA

(Por Aglaure Martins - Em Alma Nômade)

Agora hora da sesta...

Não me chega o sono, não me chega o sonho...

Cegam-me os pensamentos barulhentos, inconstantes,

turbulentos, onde não há repouso.

Uma cesta de recordações d'um passado com jardim encantado

repleto de borboletas que voavam pontilhando o céu

e onde os pássaros abraçavam a liberdade.

A hora que me arrasta não é casta, ela mata...

Mata corroendo-me em medos, jogando-me as feras,

encarcerando-me no tempo.

(...)

O vento...

Ele desabriga minha alma como quem desampara o nômade.

Em tempo: Não houve tempo para questionamentos,

restou-me linhas desalinhadas,

pedaços de mim nunca visto em caleidoscópio.

Restou-me o óbvio ...

Aquilo que você entende de mim:

O que nunca foi compreensível p'ra mim.

Restou-me 'Eus' de alma nômade .

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 24/04/2016
Reeditado em 14/05/2016
Código do texto: T5615375
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