esquina
na esquina do cerrado
com a sequidão
me perdi calado
sem consolação
me tornei alado
na abstração
na poesia
na imaginação
da noite vazia...
virei um sobrevivente
me vesti de fantasia
a lua tornou-se confidente
enquanto rumino ousadia
de uma solidão presente
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Maio de 2016 – Cerrado goiano