A Árvore Negra
Quando os lírios do campo aberto voaram,
E os cabelos da dama embaixo da árvore levantaram-se,
A morte deixou-se levar pelas planícies negras,
Aquelas planícies estranhas, e antigas.
Ninguém a provoca, se é assim se espera,
E também ninguém a invoca, assim se roga.
Pois sem medo, o medo se demonstrou bom,
Prevenindo alguns e enlouquecendo outros.
Eram cinco em torno do centro,
Cinco vidas dentro,
Dentro daquele infinito sonho obscuro,
No qual o passado os havia colocado.
A escuridão enlouquece, assim se pensa,
Mas não se é assim. Ela apenas oculta.
Oculta o semblante da dor e da loucura.
Rasga-se a vida lá. Como nesse ironico acróstico.
As raizes pendem no meio da realidade,
Não interessa aonde. Ela esta lá.
Posta e recomposta, como a morte,
Que saboreia da insana irrealidade.