Própria sorte
Cedo ela aprendeu a viver a própria sorte
Andou por estradas, pegou caronas
Se meteu em encrecas e saiu ilesa de todas
Ela quer lealdade até a morte e quer mais ainda morrer jovem
Ela só quer se aquecer ao lado da fogueira no breu do deserto
Viver sentada na garupa de estranhos
Ser envolta por um velho símbolo
Dançar em círculos
Cantar um hardcore como se fosse um hino
Ela quer ser a voz das mulheres no meio dos homens
Quer viver sem medo, sem paranóias e sem vergonha.