ARREDORES DEVASTOS

Dormem

os sonhos em sua

consistência

Nuvens de sonhos

Nudez

na alvorada

No peito que jorra arte

a leitura fantasiosa arde.

Agreste

Se anuncia

é outro ciclo

Giram os moinhos

roda viva e o corpo esguia

A vista nubla

os arredores devasto

teus passos, impasse

me partes

desolados passos

Me acorde!

Em teus dias de sol

pés no chão

sem vaidade, me abrace!

me ame me calce

Em verdade

não é eu quem chora

É você, transbordando

em meu corpo, desejos ais

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 25/05/2016
Reeditado em 25/05/2016
Código do texto: T5646909
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