SEM QUERER LÊ?

Ele acoberta-se além-mar

Ela transpira no planalto central

Moço facílimo se diz tímido,

Moça faceira brinca com fogo

Ele Protela, esquiva do abraço

Ela Beijos já quis roubar

Carência replica e o faz viajar...

Inspirada a faiscar

As histórias procriam

Os leitores se esbarram no ar

A linguagem se rela

Mentes fertilizadas viajam...

Além mar.

Além terra

Antenados abrem janelas

Insinuações persuadem

Ele tem o seu dialeto de trelas!

Ela esquiva na ingenuidade!!!

Ele perde-se no permitir

A timidez lhes foi arrancada

Ela morre de rir

por seu verso revidado

Sem querer!

Ele quer saber do seu cheiro

Mapeando o caminho dos lábios

Ela solta dos olhos faíscas!

Quase sem querer, descobrem!

Ele guiado pelo olfato

Vai deixando os lábios tatearem

Ela respira fundo, arrepia e faísca

Olhos, olhar, encontro.

O tempo aciona o reverso

A respiração quente cessa

Fusão com alquimia de almas

Corpos adquirem forma etérea

Viram sorrisos em bocas secas

E um beijo é roubado...

Restam descamisados e maresia

Vera Lúcia Bezerra e Lê
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 04/07/2016
Reeditado em 04/07/2016
Código do texto: T5687415
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