NAS PATAS DO MEU CAVALO

NAS PATAS DO MEU CAVALO

Eu venho de onde as pedras estalam

Nas patas do meu cavalo,

Seja alazão, seja baio

No seu galope ligeiro,

Imitador de vaqueiro

Eu corro pelas planícies,

No cimo de altas serras.

Onde galopo fagueiro,

Acalmando a boiada

Do barbatão bem fagueiro.

Contudo,

Eu nasci em outra terra

Onde meu umbigo ficou,

Numa terra estorricada,

Sem água, com muito amor.

A terra toda lascada

Por falta dágua chorou.

Um choro tão comovente

Água com gosto, salgada

Que São Francisco deixou

Que os homens a transformassem

Numa terra de louvor.

ANTONIO Tavares de Lima

22.08.2016

Inspirado na DISPARADA de Geraldo Vandré. Lembram-se?

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 22/08/2016
Código do texto: T5736679
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