Cadê a chuva?

Cerrado, árido, ressecado

sem chuva, cheio de curva

pede, implora, sem demora

pingos, pode ser respingos

agora, embora hora é hora

água, pra molhar a mágoa

veloz, feroz, gotas em nós

venham, e se mantenham...

Oh chuva!

Com sol casamento de viúva

qualquer forma, o que vier

breve, leve, releve

você nos deve!

Então, cadê o trovão

traga pra secura candura

e ao dia pura alegria...

Piúva! Cadê a chuva?

Tão bão, ouvir-te no chão.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

setembro de 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 07/09/2016
Reeditado em 06/11/2019
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