RIO XINGU

Caladas águas

do trapiche eu vejo.

Silenciosas águas

choram seu despejo.

Descendo o rio

vejo tuas feridas.

Sem dó te ferem

te fazem ruir.

Querem sugar de ti

tua força, teu fluir.

Não sabem o que fazem,

loucos desvairados.

Não percebem,

ferem a si mesmos

em nome do progresso.

Provocam o mal

por ambição desmedida.

Que retrocesso...

Ferem tantas vidas...

Ioleth Araújo
Enviado por Ioleth Araújo em 24/10/2016
Código do texto: T5801825
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