CAMA DE VÊNUS!
No meio da tarde
a alvorada é nublada
O transito se arrasta,
Vênus vagueia entediada
sobre nuvens pesadas
ironizando os blá,blá,blas,
esmaga o dialeto da maçã
que já não encandeia
ou lhe encanta
O desejo de pesa-las.
Pouco néctar negada,
besteirol quais quer
não serve cá ceia,
não enche meia taça
ou credita falso vigário...
Falta um zás,
janela devassa aos fatos
para os braços arquearem,
os olhos teimarem ficar
e a mente sustentar
para o encontro d’alma...
Vênus incendeia
Entrelaçando o enredo
Nos pilares de fogo...