CARTA AO MAR

Ei, amor

Se quiseres navegar

No poema deVeras embarcar

Nessa imensidão do a mar

resolver se lançar,

Ao devaneio da rede

Por moinhos de ventos

seus medos afogar,

Navegue, o desejo o atrai...

Nas encostas de cá

havereis de aquietar

ao planar meu ser tão.

Nas encostas de lá

Entre os teus pilares

como rede vou me armar

desnudando o seu norte,

mergulhando em sua veste azul

mapeando com meus dedos

a costa desse mar...

E, de qualquer jeito

estreitar esse abraço de mar.

... Os apuros do peito

Se misturam ao desejo

de em seu corpo aprumar...

Ah!

Meu menino da aldeia

O meu corpo é fulana

É sicrana, que se ajeita bacana

“para esse moço, que direi fulano”

no verso e tramas permear.

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 03/01/2017
Reeditado em 05/01/2017
Código do texto: T5871104
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