o poeta não anda semeando a terra,

o poeta não anda semeando a terra,

engana-se quem acha.

a poesia é o resto do fruto

recolhido, mastigado

cuspido as sobras,

desejando mais.

o poeta não tem a generosidade

de quem semeia, cuida,

acompanha, colhe...

o tempo da poesia

não é o do alimento do mundo.

ela é a fome.

Lucian Rodrigues
Enviado por Lucian Rodrigues em 30/01/2017
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