Ponto Final.

Não me assusta a ida

Nem me assusta a volta

Não me assusta o pranto

Nem tão pouco a dor;

Não me assusta o grito

Vil e sufocado,

Não me assusta a ira

Nem a falta de amor.

Não me assusta a fome

Tão pouco a miséria

Não me assusta a vida

Não me assusta a morte;

Não me assusta o erro

Nem mesmo o acerto

Não me assusta o azar

Nem tão pouco a sorte.

Ser pobre não me assusta;

Assusta-me ser rico,

Assusta-me ter ódio,

Assusta-me a ganância;

Assusta-me o capitalismo

Matando por ninharia,

Assusta-me ver que a vida

Aqui tem pouca importância.

Por tão pouco aqui se morre,

Por tão pouco aqui se mata,

Até por nada se vive

Depende da criatura;

E aos olhos de quem não vê

O irmão em trapos “vestido”,

Como aqui o espaço é pouco

Só lhe resta a sepultura.

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 11/04/2017
Código do texto: T5968354
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