PENUMBRA DE UM PALCO MUDO

Vivo O verso do averso

vivo o oposto vivido

Busco o encontro dos seres

E é na contra mão que duvido.

Vivo na dúvida dos inocentes

vivo no universo dos indecisos

Busco na mente dos descrentes

O segredo da gruta dos imprudentes.

No lombo do alado noturno

Corro pra o nada, busco o encontro

Busco quem sabe o distanciar da morte

E sem rumo corro pra o norte.

Somei os dias busco as noites

Somei os descontentamentos

Me anestesiei me fiz forte

Me fiz filho de Netuno

Ouvi o silêncio, os tormentos.

Vivi o grito dos loucos puros

Vivi a morte o desmonte

Vivi a nudez da mulher lua

A rudez do homem sol

Vivi o desejo de ser eu

Busquei viver a própria morte.

dittosantos
Enviado por dittosantos em 27/04/2017
Reeditado em 27/04/2017
Código do texto: T5982591
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