Gazal (1)
Edir Pina de Barros
Na pele em fino traço inscreve o mito
na origem das origens circunscrito.
E sai do kadoêti em transe e dança
a dança dos xamãs no chão batido.
Bate e chacoalha o páko aos céus erguido
e gira e bate os pés, como prescrito.
Saúda os protetores da floresta,
entoa um canto ímpar, inaudito.
Evoca os guardiões das águas, peixes
de todas as espécies, com um grito.
Um cântico ancestral na serra ecoa
e no âmbito sagrado do infinito.
E tudo então se funde e se separa
a reciclar a vida, a morte, o rito.
Edir Pina de Barros
Edir Pina de Barros
Na pele em fino traço inscreve o mito
na origem das origens circunscrito.
E sai do kadoêti em transe e dança
a dança dos xamãs no chão batido.
Bate e chacoalha o páko aos céus erguido
e gira e bate os pés, como prescrito.
Saúda os protetores da floresta,
entoa um canto ímpar, inaudito.
Evoca os guardiões das águas, peixes
de todas as espécies, com um grito.
Um cântico ancestral na serra ecoa
e no âmbito sagrado do infinito.
E tudo então se funde e se separa
a reciclar a vida, a morte, o rito.
Edir Pina de Barros