A MORTE DE UM POETA (EC)

Na noite que o poeta morreu

Boca a boca a notícia correu

Como assim, tão de repente?

Tinha tanta vida pela frente...

A polícia foi chamada ao local

A perícia achou tudo normal

Legista chegou a conclusão

Uma surpresa do coração

A caneta ainda na mão

Na mesa papéis rabiscados

Poemas no chão espalhados

No canto da sala... seu violão

Companheiros de madrugadas

Acertaram os preparativos

Morrer não é conto de fadas

É dor sem paliativos

A musa Lua se escondeu

Céu de estrelas pôs-se nublado

Quando o dia amanheceu

Encontrou muito rosto molhado

A vila se entristeceu

Amigos não tardaram a chegar

Poesias do que faleceu

Puseram-se a declamar

Apesar do momento perverso

A cena serviu de conforto

Enquanto vivo seu verso

O Poeta... se finge de morto

Este texto faz parte do Exercício Criativo - Será que É Bom Morrer

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Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 08/05/2017
Reeditado em 08/05/2017
Código do texto: T5992985
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