Letras do Tempo

Começa assim

Sem termo

Só lábios

A esmo

Ébrios

Vindos de um botequim

Finge-se então a surpresa

De sorrisos amarelos

Chegando a serem tão belos

Como um olhar de tristeza

É a história inacabada

A vida seguindo um curso

E as duas almas sem pulso

Que eram tudo! Não são mais nada.

Tantas palavras escritas

outras que nem foram ditas

Tantos verbos, mudando de lugar

Só ao meu morrer, poderei falar

No meu testamento ou entre os defuntos

Que amor nem é o melhor dos assuntos

É só um insulto que nos faz chorar.

R.N

RNetto
Enviado por RNetto em 08/05/2017
Código do texto: T5993555
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