A querer bem, refugiada matizada, cromo arisco
este um lar de refletir sina desatinada, estranha...
onde o bem de meu amôr afundou-se escuridão
E devora sua parte, a escura vaza, tempo limiar...
Tentei esvair nas flôres mal colhidas de jardins!

Morarei sempre uma esquiva moradia decorada
Parede de frios lamentos, ressecou o ser ferido
E sendo flôr tremida, queixosa lã, e escureço ali
Teimosa relva de jardim errante, quase murcho!
Falando ao léu na espera dum ouvinte jardineiro

Livre comigo estarei perdida, ousar estarrecida!
Assustada por lembrar um bem maior que se foi
Sentada a cobrar préstimos pelo pousar colhida
E ferimentos que sou impedem justiçar mentiras
Pareço girando por dentro, firme o lado externo!

Minha visão se acibernou nesses monitores frios
Só, a discorrer sobre os dentes de Leão ao Sol
Fina florzinha no meu acidentado outrora amôr...
Sendo fugitiva de si entre diverso eus famintos
Enlouquecida turba que eu vi, agora é alcatéia!

Já serei robô afinal escapando deste organismo
Desorientada no pisar de solo frígido, invasora!
Embotada pelas cinzas, falidas cercas sorriem
Estou olhando o quadrado janelar ensaiando ir...
Querer fugir do que já me deixou presa insone!
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 17/05/2017
Reeditado em 17/05/2017
Código do texto: T6001993
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