Dando sobre a insensibilidade

Mais do insensível por olhos invisíveis

Suas mãos gélidas acariciando
As asas do cotidiano
No coração cheio de espinhos
Ouriços machucam seu corpo
Enrugado já envelhecido

Suas palavras ensaiam,
Na madrugada.
Suas asas manchadas
Arriscam um voo perdido

Insensível come frio
Em sua própria revolta
Engole num gole
Uma navalha afiada.

A insensibilidade  faca de dois lados.
Causa sofrimento no final dele mesmo.
Zomba aproveitando do que recebe
Se elege ao ser sem rosto,
Amarguras no fim de estrada
O desgosto  lhe o rosto.

O corpo 
nadando em rios de
dinheiro morte, a mingua
Fruto dos gestos, 
Suas palavras da língua afiada
Cortando em fatias.
O queijo recebido
Tornando um insensível
Calado coalhado queijo
Apodrecido ..

Insensível invisível
Pobre de roupas
Retalhadas
Pelo caminho...
isis inanna
Enviado por isis inanna em 18/05/2017
Reeditado em 18/05/2017
Código do texto: T6002410
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