Noite Densa

Em meio à escuridão que reverbera o quarto

Acorda repentino, do seu sonho de menino

Aflito, agitado, o coração a palpitar;

Levanta então, procurando se conter

Na solidão da madrugada

O suor frio percorre espinha e braços

O branco dos olhos invade a face;

Aquele mal-estar premente e lancinante!!

Do peito abafado, não consegue transvasar

Todo o pânico que lhe sobrevém:

Precisa enfrentar na alma, o descomunal hiato,

Tomando conta dia-a-dia, ano-a-ano...

[O abismo vertiginoso e recôndito]

Até quando, Senhor, suportará a humana angústia

Os ossos daquele que escondeste a face???

ammaceda
Enviado por ammaceda em 18/05/2017
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