Solidão

Às vezes,

É no vazio

Que sinto

O invisível,

Pois assim,

Me encontro

Próximo ao infinito.

Nas lacunas da existência,

Encontro a essência

De tudo o que transcende,

No silêncio que se estende.

É no vazio que respiro,

No espaço que me inspiro,

Sinto a imensidão do ser,

Onde o infinito pode florescer.

Nessa ausência aparente,

Desperto a alma latente,

E mergulho em um mar profundo,

Onde o invisível se faz fecundo.

No vazio, encontro a plenitude,

A conexão com o universo em amplitude,

E descubro que, mesmo sem forma,

O infinito habita em cada norma.

Assim, abraço o vazio com devoção,

Pois é nele que encontro a expansão,

E sinto a presença do inefável,

No encontro com o intangível.